terça-feira, 30 de outubro de 2012

Azul

Doa vento às mãos.
Aproxima-se intento com a mesma confusão voraz.
Veste-se de palavras e se pinta de azul. Inventa, cria dor, cria, atura...
Recria o dom, inventa cura...
Ritmo de salsa e diminui o passo,
Ouvindo o blues, domina o compasso.
Bem sabe que não viveu demais.
Realinha as rimas.
Entre a língua que guia e a que se faz,
Não tem tarde fria,
Não tem noite sem paz.
Vive tudo em um só dia.
E sempre acorda querendo mais.
Perpetua o som e a melodia,
Transformando as palavras em sinais.


 Débora Andrade


Ao amigo poeta YAMIL LIRANZA

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