sexta-feira, 16 de novembro de 2012

A Mesma


A mesma

Acho que me reconheci,
Por um rápido instante...
Me reconheci...

Foi tão estranho...

As minhas dúvidas sobre mim...
Os meus questionamentos...
O teatro acabou...

Sou, sim...
A mesma... a mesma de muito tempo.
Nada mudou.

Lavei a lama que já passava do pescoço
Ignorei os lamentos
Enterrei aqueles sonhos que nunca existiram.

Feche as cortinas
É doloroso o final deste espetáculo

Quanta mentira,
Quanta ilusão...

Foi estranho,
Eu me reconheci...
Sou a mesma...

Não posso ser parte deste todo.

Vou embora depois do espetáculo.
E ninguém nem vai perceber...
Sou a mesma.

Débora Andrade

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