terça-feira, 20 de novembro de 2012

Aos planos


Aos planos

Planos em retalhos.
Costurados e remendados à mão.
Como se fossem talhados por um artesão.

Planos traçados e sólidos,
Desatos, desatinos, acasos, descasos...
E de tanto querer,
Já nem sei mais o que quero.
E de tanto te querer,
Nem sei mais o quanto te tenho.

Gosto estranho este de solidão.
Muito parecido com este teu gosto, sem paixão.
Desejo estranho de manter este laço.
Semelhante à tua pálida razão.

Me refaço, então.
O que não é novidade é a confusão.

Me apresento à vida
De cara lavada,
Com mente despida e
Com alma carregada...

Há muito de ti, ainda.
Mas nem sei medir o quanto.
Esta maneira sincera de exagerar,
Multiplica os contos e não divide os sonhos.

Renasce mais uma de mim.


Débora Andrade

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