sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Criadores, Criações, Criaturas...


Criadores, Criações, Criaturas...

Criadores...
Correm rimas pelas veias.
As células do sangue formam palavras.
Os pensamentos são versos soltos sem pontuação.
Dos pés à cabeça, transpiram sonhos.
Possuem a fórmula mágica da emoção.
Criam dores...

Caem leves no papel.
Dançam com as mãos quando,
Levianos, entregam a alma à tinta,
Ao lápis...
Criações...

Artistas que desenham as nuvens do céu.
São os escultores das crateras da Lua.
Pintam as flores, o pôr do Sol e os rabiscos de relâmpagos no céu.
Tudo é ilusão.
Criam e aturam...

Criações...
São registros de um passado cru.
A invenção de um futuro morto.
Presente nascido a fórceps.
Criaturas...


E para os tempos: bola de cristal.
O agora é mais uma ilusão.
Criadores, criações e criaturas...

Criam Ação, reação, inquietação...
No segundo que antecede a vírgula não respiram.
Suspiram, transpiram, deliram...

Crituras que criam dores...
Os pratos estão fartos de pecado.
E para o amor, têm a cura.
Criam e aturam...

Deixa voar solto o verbo.
Ilusionistas não são heróis.
- Criam asas e aturam a dor de voar.

(TEXTO PARA O BLOG ILUSINISTAS DO VERBO)
Débora Andrade

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