terça-feira, 20 de novembro de 2012

Cinzas


Cinzas

Não é a mesma coisa...
Não existe o mesmo fogo.
A brisa gelada do descaso
Deixou apenas brasas mornas,
Cinzas de um passado em chamas.

Nada é tão quente e tão manso
Tão intenso e tão bonito
Quanto o fogo de amar e ser correspondido...

Fica então estas cinzas...
Que um vento forte pode levar...
Aguardo, paciente...
A chama que não se apaga...
O fogo que aquece e não queima,
Não machuca...

Cantaremos ao redor deste fogo,
Como um ritual sagrado
Para celebrar o que se fez completo
O amor na sua imensidão.


Débora Andrade

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