sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Do Que Sobra


Do que sobra

Vivo de músicas, imagens e palavras.
Meu mundo parece pintura de amador.
Traços imperfeitos contornando minha liberdade de sentir,
de viver, de amar.
Do ponto me sobram as reticências.

É esta minha maneira de viver o improvável,
O incerto, o que transgride e;
Amar o instante que me soma aos dias.
E me sobra sempre a falta de tempo,
Às vezes, a falta de tato.

Tela bem colorida, borrada pelos sustos e repentes destes
sonhos que cismam pesadelos com toque de negro humor.
No fim, me sobram sempre sorrisos.

Céu e Lua dividem o meu dia.
Na mesma tela, na mesma música e na mesma poesia.
Do óbvio e constante, me sobram os encontros entre o a noite e o dia,
Bordando as faces dos escândalos entre os sonhos e fantasias.

E, embora eu não entenda nada de nada,
Nem de tinta ou melodia,
Sei que corre arte nas veias,
Faltando sempre uma dose de agonia.
e, de tudo que me sobra, vou fazendo poesia.
Débora Andrade

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