sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Liberdade


Liberdade

E a minha liberdade?
Eu a perdi desde o momento em que ouvi de você que me amava
Embrulhei-a e dei ao primiero pássaro que entrou na minha casa
Ele voou leve, me deixando suas penas pesadas

Eu me coloquei numa cela denominada amor
Amarrei meu coração com uma fita com seu nome gravado
E quase que, miletricamente, planejei a fuga dos nossos desenaganos
Desenhando o caminho que descobriríamos juntos para a felicidade

Estou encarcerada...
Minha companheira de cela...
Uma senhora com semblante pesado, olhos vermelhos de chorar...
Atende pelo tal nome de Solidão...

Presa aqui...
Me sobra tempo para fabricar ilusões...
E assim me condeno, até a morte...
Sustendando este vício que já está entranhado na minha alma
Ilusão: entorpecente, alucinógeno, viciante sem vergonha...
Tenho como sentença te amar para o resto da minha vida
E minha única salvação é ter este amor correspondido...

Intensidade, força, doação...
Desejo, união, laços...
Lealdade, cumplicidade, coração...
Crimes da alma...
E eu condenada por toda a eternidade...
Débora Andrade

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